A poesia Luso Portuguesa surgiu por volta do século XV e teve seu primeiro livro impresso por volta do ano 1500, onde nesta obra foi organizado vários poemas de grandes poetas Portugueses reconhecidos mundialmente até a data de hoje.É bem verdade que há um período antes disso em que a poesia deixou de ser recitada, ora por um tempo em que a guerra e a conquista por território era mais assídua, estes tempos ficou marcado como o fim dos trovadores Portugueses.
O livro “Cancioneiro Geral”, onde este foi escrito por Garcia de Resende, contempla vários poetas, ele foi um homem de variadas funções dentro da corte Portuguesa: cronista, poeta, músico, desenhista, arquiteto e moço de câmara (secretário particular) de D. João II.
Um dos poetas muito referido e contemplado por esta obra é o João Roiz de Castel-Branco, sua denominação dentro da categoria de poetas luso portuguesa é Poeta Palaciano, dá-se a ele este nome pois eram realizadas festas nos palácios como os saraus feitos na nossa atualidade onde música, teatro poesia e dança eram o entretenimento da corte portuguesa, a Poesia era o grande destaque onde os nobres usavam a oportunidade de declamar o amor a sua cortesã.
João Roiz fez parte da corte do Rei D. Afonso V e seu trabalho era um cargo de contador da guarda, a sua produção literária abrange vários temas entre eles: cantigas de amor, desprezo pela vida cortês ( mesmo segmento de Sá de Miranda abordado anos mais tarde), as várias viagens da corte portuguesa entre outros.
Senhora partem tam tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tam tristes, tam saudosos,
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tam tristes os tristes
tam fora d'esperar bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
João Roiz de Castel-Branco, Cancioneiro Geral, III, 134
Referências Bibliográficas
http://www.escritas.org/pt/bio/joao-roiz-de-castelo-branco
Escrito por: Elizabeth Cruz
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